segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Can You Be Mine. (Eleventh)

11º  Capitulo

Margo's POV (again)

  Foi a pior sensação do mundo ver Agatha daquele jeito. Ela estava em prantos, mas o que eu podia fazer? Ela escondeu de mim, e por mais que agora eu precisasse do abraco dela, eu me nego a receber seu abraço, agora não há nada no mundo que me faça aceita-la novamente. Talvez amanhã ou depois. Mas agora não.
  Posso ouvir Luke gritando, e penso o que pode estar acontecendo lá fora. Olho pra minha mãe como se pedindo permissão para sair e imagino ela me dizendo "Tudo bem filha. Pode ir lá." Sussurro pra ela: "Não saia daqui, eu ja volto" e as lagrimas voltam ao meu rosto quando lembro que ela não pode sequer ouvir minhas palavras. Dou um beijo e sua testa e saio para encontrar Luke com o dedo na cara de uma enfermeira
 -VOCÊ NÃO PODE DIZER O QUE EU DEVO OU NÃO FAZER. Mas por favor. Eu preciso ver ela. -agora seus braços estavam nos ombros da enfermeira e seu olhar era de suplica.- Por favor!
 -Meu jovem, eu não posso fazer nada. Ela não quer sair de perto da mãe e não quer... -Os olhos de Luke encontram os meus e isso me levou de volta a primeira vez que o vi, aquele dia ele estava com olhos maliciosos e curiosos. Hoje seus olhos de lobo estampam dor. E eu não entendo porque. Quem ta sofrendo com a mãe no hospital sou eu.
  Ele vem até onde estou e me aconchego em seus braços. Até lembrar que ele não tem direito de me abraçar e sofrer comigo.
 -PARA. PARA. -soltei-me do abraço depressa- Não quero seu consolo. Não quero. Eu  disse. Eu quero saber o seu nome.
 -Margo! Por favor. Olha pra mim. Isso não é motivo pra você se irritar agora. 
 -Tudo é motivo pra me irritar Luke!  Você não percebe? Olha o estado da minha mãe! Minha melhor amiga me escondeu isso Luke! Você ainda acha que eu não posso me irritar  com o que eu quiser?
 -Margo... -olhei pra porta e esqueci que Luke estava comigo, esqueci que ele acabara de me chamar e só vi Agatha se encaminhando em minha direção. Mas só vi isso mesmo. Depois não sei de mais nada. Só senti alguém se esforçando pra me levar para algum lugar e perdi totalmente os sentidos. 
  Não sei por quanto tempo fiquei desacordada, e pouco me interessa. Sei só que eu queria continuar dormindo porque encontrei minha mãe saudável, sorridente e vaidosa como sempre. Tão linda abraçada ao meu pai. Meu pai alto e charmoso... Mas eu acordei.  Acordei e encontrei minha mãe na sua cama, pálida, sem nenhum sinal da mulher que eu havia sonhado. Sem meu pai. E doeu. Doeu muito porque eu sabia, que a chance de passar o primeiro natal sem meus pais eram bem grandes.   
  Me encostei na janela imersa em pensamentos. O sol estava brilhando forte, então olhei para o relógio na parede onde marcava 15h45.
  Eu queria ficar ali com minha mãe o tempo todo, mas só me restavam 15 minutos. Eles não me deixariam ficar ali por mais tempo. Fui me despedir dela.
 -Mamãe, eu tenho que ir embora agora. Eu não quero ir. Quero ficar com você, mas eu não posso. Não vão me deixar ficar aqui. E eu tenho que fazer lição e arrumar a casa e fazer comida, porque logo você vai voltar pra casa. –uma lágrima rolou de meu rosto e pingou no lençol deixando uma mancha molhada onde pingara- Eu sei que você vai voltar logo. Eu te amo! Até amanhã.

  Voltei pra casa com um maço de cigarros e muitos litros de lágrimas pra por pra fora.

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