10º Capitulo
Sei que Luke não estava errado. Sei que ele tinha toda razão. Mas não me
daria ao luxo de dizer isso a ele.
Já era grande demais o fardo da culpa que estou carregando comigo pra dar esse prazer a ele.
Já era grande demais o fardo da culpa que estou carregando comigo pra dar esse prazer a ele.
Fui andando sem direção, literalmente, porque não
faço ideia de como andar aqui sem Margo.
Cheguei a um ponto calmo, uma relíquia deste lugar. Sentei-me a beira do lago e peguei o cigarro que ganhei de Margo ontem. Procuro em minha bolsa um isqueiro e acendo o outro. Coloco em minha boca e pela primeira vez entendo o que Margo quis dizer com "o cigarro é meu novo esconderijo".
Cheguei a um ponto calmo, uma relíquia deste lugar. Sentei-me a beira do lago e peguei o cigarro que ganhei de Margo ontem. Procuro em minha bolsa um isqueiro e acendo o outro. Coloco em minha boca e pela primeira vez entendo o que Margo quis dizer com "o cigarro é meu novo esconderijo".
É uma sensação divina sentir a nicotina
enchendo meu sistema respiratório, porque é impossível fazer com que ela volte,
e seu ultimo vestígio se torna a fumaça que sopro para o céu. Permaneço ali.
Até meu cigarro chegar ao fim.
Levanto-me e volto me equilibrando na beira das calçadas até chegar em casa. E é onde tudo começa outra vez.
Encontro Margo e Luke sentados na mesa, e quando abro a porta ambos me fuzilam com seus olhares. Viro e saio novamente.
Depois de comprar cigarros em uma loja de conveniência que tem ao fim da rua, volto para a relíquia e encontro Ian lá...
Levanto-me e volto me equilibrando na beira das calçadas até chegar em casa. E é onde tudo começa outra vez.
Encontro Margo e Luke sentados na mesa, e quando abro a porta ambos me fuzilam com seus olhares. Viro e saio novamente.
Depois de comprar cigarros em uma loja de conveniência que tem ao fim da rua, volto para a relíquia e encontro Ian lá...
-O que você ta fazendo aqui? -perguntei incrédula.
-O que estou fazendo aqui? Eu sempre venho aqui.
Me sentei ao lado dele.
-Achei que ninguém conhecia esse lugar...
-Bem, eu conheço. E você conhece. Pode ser nosso lugar o que acha?
Acendi um cigarro do meu novo maço de cigarros, e ofereci a ele, que pegou sem pensar duas vezes.
-Não acho que deveria ser nosso lugar- disse colocando o cigarro na boca.
-E porque não?
-Não sei. -Mentira. Eu sabia sim. Não temos motivos pra ter um lugar; Margo não ia gostar; e "ser nosso lugar" soa muito romântico. Não sou de romancezinhos.- Por enquanto não.
Ele riu
-Eu não me importo em ter que te beijar se for pra ter um lugar nosso.
Acompanho-o em seu riso contagiante
-Então você lê pensamentos...
-Ah! Você quer mesmo que eu te beije. Não precisava de toda essa enrolação, era só ter dito...
-Ah -disse enquanto soltava a fumaça- e você acha mesmo que eu sendo eu vou beijar uma boca cheia de saliva de loiras corpudas e metidas?
-Ora, porque não? Eu escovo os dentes.
-Então admite que é um pegador?
-Só quando pegar você e ou a Margo.
Ergui as sobrancelhas, o olhei fixamente, e disse no tom mais seco que consegui
-E o respeito? Onde é que fica? Engraçado você hem?! Até parece que a Margo vai te dar bola.
-Porque acha que não?
-Você é muito confiante.
Olhei pra cima, e pela primeira vez, notei que na relíquia, não se vê mais que vestígios do azul empalidecido do céu. O verde das arvores e borrões de pássaros voando tomam conta visão. E me perdi em pensamentos... Imagino que Ian também, pois não disse uma unica palavra enquanto meus pensamentos fluíam..
"Margo jamais vai dar bola pra você quando eu contar a ela sobre essa conversa. Se eu conseguir contar. Se ela quiser me ouvir. Mas ela tem me ouvir. Eu tenho que pedir desculpas. Eu..." -Agatha! Ouvi meu nome e despertei do desvaneio.
-Ian! -gritei de volta pra ser chata.
-O que estou fazendo aqui? Eu sempre venho aqui.
Me sentei ao lado dele.
-Achei que ninguém conhecia esse lugar...
-Bem, eu conheço. E você conhece. Pode ser nosso lugar o que acha?
Acendi um cigarro do meu novo maço de cigarros, e ofereci a ele, que pegou sem pensar duas vezes.
-Não acho que deveria ser nosso lugar- disse colocando o cigarro na boca.
-E porque não?
-Não sei. -Mentira. Eu sabia sim. Não temos motivos pra ter um lugar; Margo não ia gostar; e "ser nosso lugar" soa muito romântico. Não sou de romancezinhos.- Por enquanto não.
Ele riu
-Eu não me importo em ter que te beijar se for pra ter um lugar nosso.
Acompanho-o em seu riso contagiante
-Então você lê pensamentos...
-Ah! Você quer mesmo que eu te beije. Não precisava de toda essa enrolação, era só ter dito...
-Ah -disse enquanto soltava a fumaça- e você acha mesmo que eu sendo eu vou beijar uma boca cheia de saliva de loiras corpudas e metidas?
-Ora, porque não? Eu escovo os dentes.
-Então admite que é um pegador?
-Só quando pegar você e ou a Margo.
Ergui as sobrancelhas, o olhei fixamente, e disse no tom mais seco que consegui
-E o respeito? Onde é que fica? Engraçado você hem?! Até parece que a Margo vai te dar bola.
-Porque acha que não?
-Você é muito confiante.
Olhei pra cima, e pela primeira vez, notei que na relíquia, não se vê mais que vestígios do azul empalidecido do céu. O verde das arvores e borrões de pássaros voando tomam conta visão. E me perdi em pensamentos... Imagino que Ian também, pois não disse uma unica palavra enquanto meus pensamentos fluíam..
"Margo jamais vai dar bola pra você quando eu contar a ela sobre essa conversa. Se eu conseguir contar. Se ela quiser me ouvir. Mas ela tem me ouvir. Eu tenho que pedir desculpas. Eu..." -Agatha! Ouvi meu nome e despertei do desvaneio.
-Ian! -gritei de volta pra ser chata.
Relíquia
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